sexta-feira, 3 de junho de 2011

...

Ausência de ti
Com se eu não o procurasse
entre rostos desconhecidos
Sou outro que não a mim

Retalhos aqui e ali
ausência
vagas lembranças
meu retiro
minhas palavras
ausento-me desta e outras

O seu corpo
sede
cheiro
nem lembrança

A fuga para onde?
Todos os lugares
somos invisíveis
Sou o que exatamente aparento
sem dupla face

Desejo um quadro
pós cinzas
desfigurado
onde o eu começa pelo ontem
e o hoje seja uma lembrança
e esta vida seja um traço passado.


Um comentário: