sábado, 13 de dezembro de 2008

Atravessia, o silêncio do grito.

Vejam!
Estou aqui! Estou aqui! Aqui! Aqui!
canso
ninguém me ouve

Os meus gritos são abafados,
ninguém me ouve.
Eu me ouvi!
Minha voz me ouviu,
ela foi ecoando "grite mais, mais, mais...!"
cada vez mais fraca,
absorvida pelo ferro
É Pequenina,
se cada um soubesse como é grande a sua Pequenez...
Estão em estado de coma.
Não ouvem mais.
A cidade sofre de si.

Do vidro
vejo que estou submerso
e esse mar sufoca e silencia.
A multidão passa inerte
e a inercia massacra
e o mar não se sucumbi
devora mais um
mais um...

mar de aço
mar de luz
mar de gente
mar de gente máquina
mar de progresso
mar
move-se lentamente em um vai em vem inconstante.
Constante é a sua existência,
todo dia e toda noite,
o tempo é ele
Onde chegaremos ?
Onde está a felicidade?
O que é felicidade?
De fato chegamos
O lugar pouco importa
a conseqüência será a mesma,
mas agora sinto o chão debaixo dos meus pés.