quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Encontrei

Na minha rua tinha um Ipê
Um Ipê na minha rua?

O seu perfume denunciou lhe,
pois o meus olhos estavam cegos
na minha rua...

Nunca vi o,
vi agora,
um Ipê Roxo
na minha rua

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pé na grana
janela aberta
borboleta na mão

Sentir
hoje
agora
sempre
sempre amando

Descobrindo e redescobrindo
de pé no chão
menina

Laranja
sem frutas
seus cabelos
desregrados na sua regra
te espero
no café daquela esquina.

domingo, 9 de agosto de 2009

Notas de um rapaz...

Não deixe que o ideal se idealize em você
não se procure nos olhos alheios,
feche-os e si veja.

Ande à deriva a procura de um porto,
sem a presunção da certeza de encontra-lo
Erre.
Viva errando,
a construção nasce do erro
e no acerto ela esmorece.

Caminhe de olhos fechados
a minha mão está ao lado da sua
Você a senti, sem vê-la?

"Adormecido, desperto, de noite ou de dia,
Os amigos que procuro procuram a mim,"
De tanto procurar fiquei cego, surdo, e mudo.
Não deixei que a deriva me leva-se
e do porto fugi, inconscientemente,
e aqui nessa imensidão insípida te procuro.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Palavras

Hipnotizam as mentes,
acalentam sonhos
nutriz do homem

Lançadas ao vento perdem o valor.
Instigadas regozijam neurônios.
Os demagogos usurpam,
comem o seu sentido
a digestão nem sempre é visível.
Se não sabe usa-las
vomite-as sem medo
o medo nos tranca em um porão inconsciente

Se quer
entre nas suas entranhas,
desseque-las

Não pense que e debil
deblata contra seu opressivo
debique do Estado

Sem, tudo é canibalismo.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Anônimo

As vezes tenho vontade de escrever em lugares impróprios de pessoas Próprias.
Gosto de ser anônimo, misturado em gente, deixo os meus pés me guiarem, o corpo só obedece sem questionar , nesse mesclado, no corpo-a-corpo, sinto a vida.
Nesse jardim pavimentado brota gente aqui e ali, alegria e tristeza passam sem ordenamento, a calçada é estreita logo instintivamente os corpos formam artérias num vai e vem ritmado. Sinto o meu o teu o nosso cheiro, cheiro de gente!
Buraco, cada um se expreme como pode, tudo é motivo para a cratera o cheiro aspecto cor são nauseantes, meu olho não reconhece um semelhante, gente indesejada.
Um olhar devorador, ela gosta, talvez se excite, as mulheres e seu segredos o maior deles é que cada uma tem um.
Lentamente, vem os fios brancos, o corpo balança de um lado para o outro, parece que vai desabar mas dá mais um passo, o corpo quase pereceu no entanto ela não se cansou está ávida por vida, goza o tempo passado e anseia pelo amanhã, já não sofre mais com o passar do tempo e as imposições do capital, só deseja levar o que ainda resta para o pós tempo, nós sofremos antecipadamente, sentimos e sofremos com o tempo. Você caminha com passos de criança madura.
Um aqui, outro ali, corpos sem vida, a garoa dança, lava a minha face, o passo aperta
.